Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 16 n. 108 (2014)

Em busca da ordem perdida: o ataque de Carl Schmitt ao liberalismo como crítica à modernidade.

DOI
https://doi.org/10.20499/2236-3645.RJP2014v16e108-76
Enviado
9 fevereiro 2015
Publicado
30-05-2014

Resumo

Tão logo a modernidade começou a mostrar as suas potencialidades, os intelectuais se utilizaram do conceito “liberalismo” para descrever o novo papel de protagonismo que o indivíduo passou a desempenhar nessa nova forma de organização social. Carl Schmitt, um constitucionalista de destaque da República de Weimar (1918-1933), também desenvolveu esforços nesse sentido. Em sua obra “Romantismo Político”, Schmitt tenta encontrar a natureza do “coerente sistema metafísico do liberalismo”. As considerações de Schmitt parecem mostrar um certo pessimismo cultural; e é nesse momento que o seu juízo sobre a modernidade se revela.

Referências

  1. BALL, Hugo. La théologie politique de Carl Schmitt. Traduçaõ de André Doremus. In: Les Études Philosophiques. N. 1. Paris: Presses Universitaires de France, janeiro de 2004, p. 65-103.
  2. BECK, Ulrich. A reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. In: GIDDENS, Anthony; BECK, Ulrich; LASH, Scott. Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. Tradução de Magda Lopes. São Paulo: Ed. Unesp, 1997.
  3. BENDERSKY, Joseph W. Carl Schmitt and the Conservative Revolution. Telos: a Quarterly of Critical Thought. N. 72. New York: Telos Press, verão de 1987.
  4. BERGSON, Henri. Introduction to Metaphysics. In: BERGSON, Henri. The Criative Mind: a Study in Metaphysics. New York: The Philosophical Library, 1946.
  5. BÖCKENFÖRDE, Ernst-Wolfgang. La naissance de l’État, processus de sécularisation. ______. In: Le Droit, l’État et la Constitution Démocratique: essais de théorie juridique, politique et constitutionnelle. Ed. e Tradução de Olivier Jouanjan. Paris, Bruxelles: LGDJ; Bruylant, 2000, pp. 101-118.
  6. BRÜSEKE, Franz Josef. Romantismo, mística e escatologia política. Lua Nova: revista de cultura e política. N. 62. São Paulo: Cedec, 2004.
  7. CAAMAÑO MARTÍNEZ, José. El pensamiento jurídico-político de Carl Schmitt. La Coruña: Editorial Moret, 1950.
  8. CAMPILONGO, Celso. Globalização e democracia. In: O direito na sociedade complexa. São Paulo: Max Limonad, 2000.
  9. CAMPILONGO, Celso. Direito e diferenciação social. São Paulo: Saraiva, 2011.
  10. ______. Interpretação do direito e movimentos sociais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
  11. CARLONI, Stefano. La componente irrazionalistica del decisionismo schmittiano: tre esempi. Rivista Internazionale di Filosofia del diritto. Série V, Ano LXXVIII, N. 3. Milano: Giuffrè, julho-setembro 2001.
  12. DE GIORGI, Raffaele. Modelos jurídicos de igualdade e de equidade. In: ______. Direito, democracia e risco: vínculos com o futuro. Tradução de Juliana Neuenschwander e Menelick de Carvalho Netto. Porto Alegre: Sergio Fabris, 1998.
  13. ______. L’azione come artefatto storico-evolutivo. Sociologia del diritto. XXIX, n. 3. Milano: Franco Angeli, 2002.
  14. DE MAISTRE, Joseph. Consideraciones sobre Francia. Tradução de Joaquín Elío. Madrid: Tecnos, 1990.
  15. DIPPEL, Horst. Modern constitutionalism: an introduction to a history in need of writing. The Legal History Review. V. 73, n. 1. Leiden: Brill Academic Publishers, Fevereiro de 2005, p. 154-156.
  16. DOREMUS, André. La philosophie du droit de Schopenhauer selon Carl Schmitt. Archives de Philosophie du Droit. Tomo 41: le privé et le publique. Paris: Sirey, 1997, p. 471-473.
  17. FERGUSON, Adam. An Essay on the History of Civil Society. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.
  18. FERREIRA, Bernardo. O risco do político: crítica ao liberalismo e teoria política no pensamento de Carl Schmitt. Belo Horizonte, Rio de Janeiro: UFMG, IUPERJ, 2004.
  19. FREUND, Julien. Sociologia de Max Weber. Tradução de Luis Costa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
  20. HERF, Jeffrey. O modernismo reacionário: tecnologia, cultura e política na República de Weimar e no 3º Reich. Campinas: Unicamp; Editora Ensaio, 1993.
  21. HIRST, Paul. A democracia representativa e seus limites. Tradução de Maria Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992.
  22. KERVÉGAN, Jean-François. La critique schmittienne du normativisme kelsénien. In: HERRERA, Carlos Miguel (org.). Le droit, le politique: autour de Max Weber, Hans Kelsen, Carl Schmitt. Paris: L’Harmattan, 1995.
  23. KOSELLECK, Reinhart. On the antropological and semantic strutcture of Bildung. In: ______ . The practice of conceptual history: timing history, spacing concepts. Stanford: Stanford University Press, 2002, p. 170-207.
  24. LUHMANN, Niklas. The differentiation of society. In: ______ . The differentiation of society. New York: Columbia University Press, 1982.
  25. ______. Sociologia do Direito I. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1983.
  26. ______. La differenziazione del sistema giuridico. In: ______. La differenziazione del diritto: contributi alla sociologia e alla teoria del diritto. Ed. Raffaele De Giorgi. Bolonha: Il Mulino, 1990.
  27. ______. La ciencia de la sociedad. Ciudad de México, Guadalajara, Barcelona: Universidad Iberoamericana, ITESO, Anthropos, 1996.
  28. LUHMANN, Niklas; DE GIORGI, Raffaele. Teoria della Società. 6. ed. Milano: Franco Angeli, 1994.
  29. MAIA, Paulo Sávio Peixoto. Direito subjetivo como artefato histórico-evolutivo: elementos para uma compreensão de sua especificidade moderna. Nomos: Revista do Curso de Mestrado em Direito da UFC. V. 27. Fortaleza: Editora da Universidade Federal do Ceará, julho-dezembro de 2007, p. 285-303.
  30. MARRAMAO, Giacomo. Pouvoir et puissance: à propos de Carl Schmitt. In: HERRERA, Carlos Miguel (org.). Le droit, le politique: autour de Max Weber, Hans Kelsen, Carl Schmitt. Paris: L’Harmattan, 1995.
  31. McCORMICK, John P. Carl Schmitt’s Critique of Liberalism: against Politics as Technology. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
  32. MEHRING, Reinhard. Liberalism as a “Metaphysical System”: the Methodological Sctructure of Carl Schmitt’s Critique of Political Rationalism. In: DYZENHAUS, David (org.). Law as Politics: Carl Schmitt’s Critique of Liberalism. Durham: Duke University Press, 1998.
  33. MOUFFE, Chantal. Pensando a democracia moderna com, e contra, Carl Schmitt. In: Cadernos da Escola do Legislativo. Tradução de Menelick de Carvalho Netto. Ano 1, v. 2. Belo Horizonte: Assembleia Legislativa, julho-dezembro de 1994, p. 91-107.
  34. OJAKANGAS, Mike. A philosophy of the concrete life: Carl Schmitt and the political thought of late modernity. Berna, Berlim, New York, Oxford: Peter Lang, 2006.
  35. RICHTER, Emanuel. Carl Schmitt: the defective guidance for the critique of political liberalism. Cardozo Law Review. Vol. 21, nº 5. New York: Yeshiva University, Maio de 2000, pp. 1619-1644.
  36. SCHMITT, Carl. A era das neutralizações e despolitizações. In: ______. O conceito do político. Tradução de Álvaro Valls. Petrópolis: Vozes, 1992.
  37. ______. La philosophie du droit de Schopenhauer, prise en dehors de son système philosophique. Archives de Philosophie du Droit. Tomo 41: le privé et le publique. Paris: Sirey, 1997.
  38. ______. Teologia Politica: quattro capitoli sulla dottrina della sovranità. In: ______. Le categorie del “politico”. Ed. Gianfranco Miglio e Pierangelo Schiera. Bologna: il Mulino, 1972.
  39. ______. La valeur de l’État et la signification de l’individu. Edição de Sandrine Baume. Genève: Librarie Droz, 2003.
  40. ______. Romanticismo politico. Ed. Carlo Galli. Milano: Giuffrè, 1981. ______. Teoría de la Constitución. Tradução de Francisco Ayala. Madrid: Alianza Editorial, 2001.
  41. ______. The Crisis of Parliamentary Democracy. Ed. Ellen Kenedy. Cambridge: MIT Press, 1994.
  42. ______. Sobre os três tipos do pensamento jurídico. Tradução de Peter Naumann. In: MACEDO JR., Ronaldo Porto. Carl Schmitt e a fundamentação do direito. São Paulo: Max Limonad, 2001.
  43. SEITZER, Jeffrey. Carl Schmitt’s Internal Critique of Liberal Constitutionalism: Verfassungslehre as a Response to the Weimar State Crisis. In: DYZENHAUS, David (org.). Law as Politics: Carl Schmitt’s Critique of Liberalism. Durham: Duke University Press, 1998.
  44. SOREL, Georges. D’Aristote à Marx: l’Ancienne et la Nouvelle Métaphysique. Paris: Marcel Rivière, 1935.
  45. ______. Réflexions sur la violence. 5. ed. Paris: Marcel Rivière, 1921.
  46. SPENGLER, Oswald. Anos de Decisão: a Alemanha e a evolução histórico-mundial. Trad. Herbert Caro. Porto Alegre: Edições Meridiano, 1941.
  47. ______. La decadencia de Occidente: bosquejo de una morfologia de la historia universal. Tradução de Manuel Morente. V. 4. Madrid: Espasa-Calpe, 1937.
  48. THOMA, Richard. On the Ideology of Parliamentarism. In: SCHMITT, Carl. The Crisis of Parliamentary Democracy. Ed. Ellen Kenedy. Cambridge: MIT Press, 1994.
  49. VERSCHRAEGEN, Gert. Human Rights and modern Society: a sociological analysis from the perspective of systems theory. Journal of Law and Society. V. 29, n. 2. Oxford: Blackwell Publishers, Junho de 2002.
  50. WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. V. 1. Tradução de Gabriel Cohn. 4. ed. Brasília: Editora UnB, 2000.
  51. WILK, Kurt. La doctrine politique du national-socialisme de Carl Schmitt: exposé et critique de ses idées. Archives de Philosophie du Droit et de Sociologie Juridique. N. 3-4. Paris: Recueil Sirey, 1934.