Liberais contemporâneos norte-americanos, como John Rawls e Ronald Dworkin, reconhecem injustiças na distribuição dos recursos produzidos na sociedade de mercado – um quadro de desigualdades. Ambos elaboram proposições de justiça distributiva que os tornam uma presença marcante no pensamento liberal mundial, mas seguindo as linhas básicas do pensamento liberal clássico, como a valorização
da virtude da liberdade e dentro da economia de mercado. Neste trabalho, se registra o percurso do pensamento liberal ocidental e algumas diferenças entre os autores, em especial a consideração por Dworkin da igualdade como a virtude soberana, e faz-se o exercício de compreensão da maneira como esses liberais tratam a ideia de participação política e, em última análise, da democracia.