O artigo analisa a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Unión Patriótica -UP – vs Estado da Colômbia, demonstrando como apesar da história do país não registrar uma ditadura formal e a Constituição de 1991 ser um documento jurídico para a paz, os agentes estatais e seus aliados paramilitares executaram um plano de extermínio sistemático da oposição política. A sentença determina a responsabilidade do Estado colombiano e sua ação e omissão na expressão mais dramática de intolerância política na América Latina, ordenando um conjunto de medidas que se adicionam àquelas oriundas do Acordo de Paz de 2016.