A desapropriação, de caráter supressivo, é a mais drástica das formas de intervenção do Estado na propriedade privada e, como contrapartida, pressupõe, necessariamente, o pagamento de uma indenização justa e prévia. Não é difícil entender o que é uma indenização prévia, mas não é nada fácil compreender o que é uma indenização justa. O artigo se propõe a aprofundar o debate acerca da justa compensação, invocando, para tanto, a Análise Econômica do Direito e a economia das desapropriações como pano de fundo. Em um cenário de altos custos de transação, como é o caso, em geral, das desapropriações, a indenização é o remédio jurídico adequado para alocar os direitos jurídicos e econômicos de propriedade. Contudo, essa alocação só é verdadeiramente eficiente quando há uma compensação justa.