O artigo propõe uma reflexão sobre a racionalidade da prática judicial brasileira e sua correlação com: (i) o ensino jurídico e (ii) o conhecimento científico vigente acerca do Direito. O argumento central é o de que a mudança no modelo mental predominante no ensino jurídico brasileiro e das suas principais metodologias, acompanhada de uma revisão dos pressupostos científicos do Direito, são condições indispensáveis para uma prática jurídica mais adequada às exigências de fundamentação dos Estados Democráticos de Direito. No presente artigo, as metodologias construtivistas e construcionistas, com destaque para o método Problem Based Learning – PBL, foram apresentadas como alternativas adequadas para o aprimoramento do ensino jurídico e, consequentemente, da prática judicial. Utilizou-se o método dedutivo e adotou-se como referenciais teóricos as proposições de Piaget e Gabrich.