O presente artigo tem como objetivo analisar, pelo método de abordagem hipotético-dedutivo, as apropriações discursivas da questão ambiental, ao demonstrar que tal domínio do discurso, por parte de poderes hegemônicos, apenas confere ao problema uma roupagem ecológica, enquanto serve, na realidade, para as estratégias e jogos de poder político e econômico. Diante de tal premissa, a questão que se almeja responder é: ante a apropriação discursiva da problemática ambiental pelos atores globais econômicos, quais são os riscos do discurso de responsabilidade social das empresas. Ao fim do trabalho, conclui-se que, assim como a premissa de desenvolvimento sustentável, a proposta de responsabilidade social das empresas ocorre sob a lógica de uma racionalidade econômica dominante e não ambiental.
O grande risco desse discurso é o de mascaramento das atividades de uma empresa por meio do processo de greenwashing (ou lavagem verde), ou seja, uma aparência de preocupação ambiental para minimizar as reais atividades empresariais.